Procuradoria-Geral da República denunciou ex-presidente por liderar organização criminosa que tentou golpe no Brasil. Bolsonaro busca a política e vai conversar com deputados da oposição sobre anistia aos golpistas do 8 de janeiro.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/G/9/wm3HrVQka03eJwAi3LuQ/2024-10-17t131601z-1537463450-rc2kq2afg4vo-rtrmadp-3-brazil-politics-bolsonaro.jpg)
O ex-presidente Jair Bolsonaro vai se reunir na manhã desta quarta-feira (19) com deputados de oposição.
O encontro foi organizado pelo deputado coronel Zucco (PL) e ocorre um dia após Bolsonaro ser acusado formalmente pela Procuradoria-Geral da República de ser líder de uma organização criminosa que tentou um golpe de Estado no país.
Deputados de oposição vão conversar com Bolsonaro — que já confirmou a ida à reunião nesta manhã — sobre anistia e outras pautas. Anistia terá um espaço amplo na mesa porque a oposição se planeja para atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) pelas penas consideradas altas demais.
“Vamos falar sobre os excessos em relação ao 8 de janeiro sim, uma pessoa que passou um batom numa vidraça não pode ter pena maior que um assassino”, disse o deputado coronel Zucco ao blog.
Segundo ele, há advogados que também estão planejando reclamar ao STF sobre as penas e há interesse de votação na Câmara do projeto que anistia os golpistas.
Zucco disse que outras pautas também estão no cardápio da conversa. A oposição quer conversar com Bolsonaro sobre estratégias para mostrar as fragilidades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e como pode se organizar para isso.
Com situação cada vez mais grave no campo investigativo e judicial, resta a Bolsonaro buscar a política e o barulho.
Estar em reuniões como a desta quarta e dizer que tem zero preocupação com a denúncia faz parte dessa estratégia.
Fora dos holofotes políticos, Bolsonaro vai enfrentar um possível processo no STF e, se condenado, pode enfrentar penas duras, inclusive eventual prisão.