No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com algum tipo de demência, sendo a mais comum a doença de Alzheimer, segundo o Ministério da Saúde. Diante da informação e com o intuito de esclarecer, informar e prevenir sobre o mal que acomete a sociedade em geral, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), por meio do Grupo Gestor do Programa de Qualidade de Vida do Servidor (QualiVida) e da Coordenadoria de Assistência Médico Social (Comed), promoveu nesta quinta-feira (13/02), no Plenário da Corte, a palestra com o médico Euler Ribeiro, especialista em envelhecimento humano e as consequências para o corpo e mente.
A presidente do TRE-AM, desembargadora Carla Reis, deu início ao evento alusivo à campanha Fevereiro Roxo, de conscientização sobre o Mal de Alzheimer, destacando a relevância do tema. “Devemos discutir e refletir sobre essa doença diariamente, pois é um tema atual na sociedade que exige atenção constante. Sensibilizar a população é essencial para gerar apoio e cuidado com as pessoas acometidas por essa doença”, explicou a desembargadora.
Com mais de 50 anos de experiência, o Dr. Euler Ribeiro abordou como a doença afeta o dia a dia e suas consequências, como as dificuldades na fala e no raciocínio, desorientação no tempo e no espaço, alterações de humor e de comportamento. Ele também pontuou medidas de prevenção, utilizando recursos naturais, além de incentivar a prática de atividade física.
“A palestra foi excepcional, onde pude transmitir conhecimento e gerar uma maior compreensão sobre a doença de Alzheimer. Falar desse tema é necessário para quebrar o estigma sobre essa condição que infelizmente tem diagnóstico, mas não tem cura”, disse o palestrante que revelou ter recebido o convite do TRE-AM com muita motivação, uma vez que se trata de um tema pertinente, especialmente, para ser abordado nos ambientes institucionais.
O diálogo sobre o “Fevereiro Roxo” também foi aberto aos servidores do TRE-AM. Com um relato pessoal emocionante, Danna Valente falou sobre as dificuldades e aprendizados ao lidar com pessoas que possuem essa condição. “Ver com esperança como você pode passar por esse processo com leveza é essencial, pois é uma rotina que desgasta e demanda muita paciência e tempo, o que às vezes nos faz querer desistir”, explicou Danna, cuja mãe é diagnosticada com Alzheimer há 8 anos.
Ela ressaltou ainda que é necessário ter consciência de que não se pode fazer tudo sozinho, uma rede de apoio é fundamental neste processo. “Buscar ajuda, incluir profissionais na rotina, deixa tudo mais leve. Hoje em dia, existem programas como o da Funati (Fundação Aberta à Terceira Idade), que são gratuitos e disponíveis à sociedade”, finalizou.
Fonte: Portal Oajuricaba
Fotos: Junior Souza/TRE-AM