Treinador revela que ausência na liga saudita é decisão também administrativa do Al Hilal e torce por permanência: “Não sei se ele vai aceitar, mas gostaria que aceitasse”
O técnico Jorge Jesus vive um dilema sobre o futuro de Neymar no Al-Hilal: ao mesmo tempo em que quer contar com astro da equipe na Champions da Ásia (e no Mundial de Clubes, no meio do ano), tem dúvidas quanto a inscrever o brasileiro no Campeonato Saudita, onde o clube já tem sua cota de estrangeiros totalmente preenchida. Em entrevista ao ge, em Riade, o Mister indicou que, hoje, não mudaria a relação de atletas da liga.
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Em entrevista coletiva na última quinta-feira, Jorge Jesus já havia indicado que existia a possibilidade de Neymar seguir inscrito apenas na Champions da Ásia, o que diminuiria bastante o número de jogos a serem disputados até o fim da atual temporada. Ele chegou a dizer que o astro não tem “conseguido acompanhar fisicamente” o time. Na entrevista ao ge, complementou:
– Não é acompanhar fisicamente. Um jogador que está há 15 meses lesionado na Arábia Saudita, no Brasil ou qualquer parte do mundo, tem alguma dificuldade em poder recuperar em competição. Se ele não está jogando tanto, tem mais dificuldade. E ele sabe isso perfeitamente. Eu também estou em uma situação em que não posso inscrever mais jogadores, tenho que tirar alguém. E neste momento, no dia de hoje, tirar um jogador dos oito estrangeiros que o Al-Hilal tem é difícil de fazer.
Neymar ficou fora da lista de inscritos pelo Al-Hilal no Campeonato Saudita 2024/25 após sofrer grave lesão no joelho esquerdo ainda em outubro de 2023, no duelo entre Brasil e Uruguai, pelas eliminatórias. O regulamento do torneio prevê que cada equipe pode ter no máximo 10 atletas não-asiáticos no elenco ao longo do torneio, e dois deles precisam ser nascidos a partir de 2003. A cada jogo, oito atletas não-asiáticos podem ser utilizados. Assim, o clube preferiu não inscrever o brasileiro para poder ter mais um estrangeiro à disposição.
O elenco do Al-Hilal conta com outros nove estrangeiros, além de Neymar: os brasileiros Renan Lodi, Malcom e Marcos Leonardo (sub-21), os portugueses João Cancelo e Rúben Neves, os sérvios Mitrovic e Milinkovic-Savic, o senegalês Koulibaly e o marroquino Bono.
O camisa 10 foi inscrito normalmente na Liga dos Campeões da Ásia, que tem regulamento mais flexível, com definição a cada jogo. A Confederação Asiática permite que 35 jogadores sejam inscritos no total. Deste grupo sai, a cada partida, uma lista de atletas relacionados, que pode ter no máximo cinco estrangeiros.
