Lula reforça aposta na China como grande parceiro comercial e aliado no Sul Global

Política

Brasileiro foi recebido nesta terça-feira (13) em visita de Estado por Xi Jinping.

O presidente Lula visitou a montadora chinesa GWM, em Pequim — Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Lula visitou a montadora chinesa GWM, em Pequim — Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu mergulhar na sua estratégia de apostar na China como um grande parceiro comercial, com quem está formando uma aliança para fortalecer o Sul Global na disputa da geopolítica mundial.

Na avaliação da equipe de Lula, a China conseguiu se consolidar como um parceiro confiável, com o qual é possível fazer acordos em benefício dos dois lados.

Enquanto isso, os Estados Unidos, que sempre foram vistos no passado como o parceiro preferencial dos brasileiros, agora geram dúvidas.

A China, do seu lado, também trata o Brasil como um parceiro estratégico. Tanto que, nesta terça-feira (13), o presidente chinês Xi Jinping recebeu em visita de Estado o presidente brasileiro.

Segundo assessores presidenciais, isso faz toda a diferença na relação entre Brasil e China.

Nesta segunda (12), por exemplo, foram anunciados investimentos chineses no Brasil da ordem de R$ 27 bilhões. A China hoje ocupa a 5ª posição em investimentos no Brasil. Há uma década estava na 14ª posição.

Crítica a Trump

Durante o encontro, Lula fez questão de dizer que Brasil e China estão juntos no combate à crise climática e na defesa do multilateralismo.

Esses são dois temas em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem uma posição contrária. O americano é um negacionista climático e tem criticado os órgãos multilaterais.

Para demonstrar a importação de sua viagem, Lula está acompanhado da primeira-dama Janja, de 12 ministros, e em torno de 200 empresários.

Isso não significa, porém, que o Brasil está se afastando dos Estados Unidos. Pelo contrário, os norte-americanos também são considerados estratégicos para o Brasil.

Até agora, porém, ainda não foram feitos gestos de nenhum dos dois lados para uma relação mais próxima.

O presidente Xi Jinping, por sinal, tem aproveitado desta situação e buscado aprofundar suas relações não só com o Brasil, mas com os demais países da América Latina.

Tanto que paralelamente à visita de Estado de Lula, os chineses realizam o Fórum China-Celac (Comunidade dos países Latino-americanos e Caribenhos), do participam outros presidentes da região, como Gustavo Petro (Colômbia) e Gabriel Boric (Chile).

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